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Quarto EP

by Epiles

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1.
Quarto 03:03
Um caderno com uns quinze poemas pra você Mais perto só meu trabalho ainda pra acabar É certo que não há mais nada entre nós dois Tão certo quanto a linha que corta o céu e o mar De noite a janela aberta dá para o céu Sem nuvens Cujas as estrelas a gente tentava contar Lado a lado no quintal Quando a gente brincava de acampar Num passado tão real A estante sempre abarrotada de mangá E os discos que eu não resisti e fui comprar Com os tênis que agora estão jogados por aí Sem meia porque eu ainda não achei um par Tão bom quanto o que a gente formava aqui Jogados Na cama bagunçada ou em qualquer lugar Se você estava aqui Eu não tinha do que reclamar Era o que eu sempre quis Algo que ainda não entendi Apenas uma palavra sua e eu me perdi Roupas jogadas pelo chão Guitarra sem afinação Papeis sem ordem ou lugar TV sem ninguém para olhar Os lábios e os meus Misturados e separados por um adeus...
2.
Estranheza 03:39
Cá de novo enquanto todos fingem dormir Não consigo me escutar enquanto as paredes falam Eu já tentei eu já gritei mas ninguém me ouve aqui Nem eu mesmo entendo o que saiu da minha boca Tem horas que uma tela não me satisfaz E quanto mais se anda Mais longe se quer ir Como um viciado que não mede esforços pra sorrir Sigo em trânsito em busca do próximo talvez Eu já tentei mas esse sapato não cabe mais Os pés desacostumados com tudo hoje preferem o chão E essa estranheza de ser eu que não quer passar Parece que vai ser minha companheira por anos Tem horas que uma tela não é mais capaz E quanto mais te mostram Menos tu queres ver Acham que podem te comprar mostrando cores na tv Sigo em trânsito em busca do próximo talvez Cá de novo diante da folha em branco enfim O branco aceita nossos erros, choros, sonhos e planos E quando ninguém entender o que eu grito aqui Estarei às duas da manhã escrevendo garranchos Tem horas que o mundo em volta não me satisfaz E quanto mais se anda Mais longe se quer ir Como um viciado que não mede esforços pra sorrir Sigo em trânsito em busca do próximo talvez E quanto mais te mostram Menos tu queres ver Acham que podem te comprar mostrando cores na tv Sigo em trânsito em busca do próximo talvez
3.
Dois Gatos 02:02
e quando eu percebi que nós só somos dois gatos assustados observando os carros que passam sem parar foi quando eu fiquei bem com não ser maior que ninguém e eu lembro que foi quando eu entendi que não importa o que eu faça você vai dar com a cara na parede e se ralar e eu vou estar lá para te lamber meu bem as rimas não são primas mas o que move a voz é o coração. mesmo que anatomicamente errado não repara porque é nobre a intenção (eu acho) *tirar?* que ainda tem mais jeitos de dizer e quando eu percebi que você estava de verdade do meu lado, eu pensei ‘que tapado quase deixou escapar’ e prometi pra mim que não ia mais largar e eu lembro que foi quando eu chorei feliz pela primeira vez que eu percebi que eu queria mais que tudo você lá, teu lado parecia ser o meu lugar as rimas não são primas mas o que move a voz é o coração. mesmo que anatomicamente errado não repara porque é nobre a intenção (eu acho) que ainda sejamos só dois gatos assustados eu sinto que não importa quantos carros passem eu vou estar bem. é só olhar pro lado.
4.
De Dentro 02:29
Dois Ou três passos pra trás Incerteza no olhar Não quero mais Não há nada pra mim Eu já tentei demais Eu quero paz A paz de fazer algum sentido De olhar pra frente e não pra tras De fechar os olhos e ser abrigo E não A chuva que me molha de dentro pra fora não quero mais Velho ou novo Não cabe mais Incapaz de entrar Numa mente onde tudo Desbota fácil demais Antes de fazer algum sentido As cores já ficaram pra trás Os olhos querem ver colorido E não A chuva de águas pretas que me cega os olhos não quero mais A chuva que me molha de dentro pra fora não quero mais A chuva que me molha de dentro pra fora não
5.
Jumbor 03:48
This yellow dust is slipping through my fingers I grab it But it's useless The buildings are long gone The landscape is unknown The known is part of the past And i can't let go The sun is shining And so is my sweat The luggage fights for space I can't fit my legs This truck shakes too much The headache knows no end And i can't rely on my senses And I can't let go of this feeling That I won't come back to this city Cause even if I come back We won't be the same I can't see the city and I guess in a few years I won't call it home anymore New houses New places And slowly the traces Of all that i've lived Is being washed away i've recorded my feelings on tape Put them in all the places i've been And if you ever find it you'll know I once belonged in here And I can't let go of this feeling That I won't come back to this city Cause even if I come back We won't be the same

about

Meu quarto sempre foi meu mundinho. Desde que comecei a dormir sozinho ele era onde eu podia me refugiar, ler em paz, imaginar cenários por horas a fio (possíveis ou não). Foi onde eu escrevia minhas coisas, quando comecei a escrever. Às vezes eu tava quase dormindo, tendo que acordar cedo no outro dia, e batia a inspiração para um refrão, uma letra, uma música inteira. As músicas escritas aqui têm em comum o fato de ter sido escritas e gravadas em quartos. Elas são um misto de homenagem aos cantinhos onde fiquei e um desafio de tentar fazer algo bonito, mesmo fora de um estúdio todo equipado. É algo simplezinho, de coração. Espero que curtam =]

credits

released January 31, 2017

Voz, violão, palminhas e frescurinhas eletrônicas: eu =]

Escrito entre 2007 e 2016

Gravado entre 9/12/2016 e 28/01/2017 em quartos espalhados por Manaus-AM e Rio de Janeiro-RJ

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about

Epiles Rio De Janeiro, Brazil

não sei bem o que me definiria bem. faço música no quarto. normalmente triste.

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